sexta-feira, 16 de abril de 2010

A segurança de quem cuida das nossas vidas

Hoje em dia, o foco das atenções em termos de políticas públicas e da prestação dos serviços públicos pode ser sintetizado pelo tripé saúde, educação e segurança. Com raras exceções em cada uma delas, o que têm de honrosas as carreiras, têm de mal remuneradas. O Estado continua preferindo remunerar melhor o assessor do alto escalão do que aquele que alfabetizará 10 mil crianças em sua vida de serviços prestados à população, aquele que salvará mil vidas ou aquele capaz de acabar com a dor de outros milhares de pessoas. Ou ainda, aquele que dará a sua própria vida para proteger a sociedade.

E a segurança não é garantida somente pelos policiais e bombeiros, que têm essa função intrinsecamente associada ao seu mister, mas também, no âmbito privado, pelos vigilantes e porteiros. É inegável a importância dessas duas categorias para a manutenção da ordem pública. No caso dos porteiros, a situação é mais complicada: desarmados, são incumbidos de zelar, dia e noite, pela integridade do patrimônio e das vidas de dezenas de famílias em cada condomínio em que trabalham. Além disso, não costumam ter um "botão de emergência" para o caso de alguma eventualidade, um serviço de segurança complementar ou uma blindagem especial no vidro de sua cabine. Estão lá, com a sua cara e coragem, cuidando das nossas vidas. Sem dúvida, é uma categoria que merece atenção de moradores, administradores e gestores públicos. Fiquemos mais atentos aos problemas daqueles que, dia e noite, nos permitem chegar com segurança aos nossos lares.